Os sítios arqueológicos do Município de São Paulo são pouco conhecidos, devido ao intenso crescimento da cidade, à destruição do subsolo e à ausência de políticas bem definidas de preservação do Patrimônio Arqueológico.
Apesar do crescimento desordenado da cidade, algumas casas antigas que foram salvas da destruição e posteriormente incorporadas ao acervo municipal podem ser apreciadas pelos visitantes, uma vez que constituem o sistema de unidades museológicas do Museu da Cidade. São elas: Sítio Morrinhos, Sítio da Ressaca, Casa do Bandeirante, Casa do Sertanista, Casa do Tatuapé, Casa do Grito, Capela do Morumbi, Casa da Imagem (antiga Casa nº1), Beco do Pinto e Solar da Marquesa de Santos.
Existem algumas casas fora do sistema de unidades museológicas, nos arredores do município, algumas restauradas, outras em ruínas, porém do ponto de vista da arqueologia, todas são igualmente importantes por conterem informações a respeito de como viviam os primeiros habitantes da cidade de São Paulo, desde o século XVII.
Nas escavações realizadas no interior e nos quintais de algumas das casas históricas, foram encontrados restos do lixo doméstico contendo tudo o que havia quebrado e não era mais útil aos moradores da época: pratos, copos, canecas, travessas, moringas, além dos ossos dos animais consumidos.
Como muitas das atividades consideradas comuns não foram registradas em documentos escritos, a arqueologia é, muitas vezes, o único meio de sabermos como era o dia-a-dia dessas pessoas.
Amostragens destes artefatos estarão em exposição no Centro de Arqueologia de São Paulo.